É impossível falar sobre cultura de Integridade sem fazer uma conexão com os grandes movimentos da sociedade atual nessa última década.

No Brasil, esse tema tem ganhado cada vez mais força por conta de uma evolução social, política e legislativa. A intolerância às fraudes popularizou agendas de ESG, como o Compliance.

As empresas, importantes instrumentos de construção cultural, percebem e apostam que a colaboração individual é pré-requisito para alcançar resultados melhores.

A evolução do Compliance no Brasil

Justamente por acompanhar as necessidades legais, e comportamentais, o Compliance está em constante mudança.

Prova disso é a clara diferença de como o tema era tratado nas empresas, há cerca de 10 anos, limitado a processos de fiscalizações internas, e como ele é feito hoje.

Cada organização tem sua forma de trabalhar suas regras de conduta, mas os temas macro sempre giram em torno das mesmas questões comportamentais e de relacionamento interpessoal.

Podemos observar a evolução do Compliance em quatro principais fases, que coexistiram em diferentes setores ao longo dos anos.

1ª geração:

Na década 90, por conta da abertura do mercado internacional, principalmente as organizações conhecidas como “mais burocráticas”, como as instituições bancárias, passaram a adotar práticas de de ética e corrupção adequadas aos padrões internacionais.

No entanto, foi só em 2014, com a criação da Lei Anticorrupção, que o Compliance passou a fazer parte do vocabulário empresarial. Na época, o foco era criar instrumentos para combater desvios éticos e fazer a gestão de riscos, como os Códigos de Conduta.

Tanto a comunicação, quanto os treinamentos e ferramentas, ainda eram muito técnicos e direcionados a um público segmentado dentro das empresas.

2ª geração:

A partir da exigência de due diligence (processo de investigação para análise de possíveis riscos para clientes e fornecedores), surgiu a necessidade de divulgar e comunicar os processos de Compliance aos colaboradores de diferentes áreas e funções.

Essa fase foi marcada pela simplificação dos conceitos e pela autonomia dos setores de Compliance.

O tema ainda não era visto como parte da cultura da empresa, mas sim como uma obrigação.

3ª geração:

Com a divulgação de grandes casos internos de corrupção, principalmente em empresas da Europa, tornou-se necessária a tradução das políticas conforme o contexto das diferentes áreas das organizações.

E, a partir do momento em que os colaboradores foram chamados para tomar decisões, orientados pelos Códigos de Conduta, eles passaram a perceber melhor o valor do Compliance.

Nesse momento, a ética passou a fazer parte dos quadros de valores das organizações, e os executivos de Compliance ganharam espaço. As decisões dos comitês diretivos passaram a ser guiadas pela cultura de integridade.

4ª geração:

É a fase atual do Compliance nas empresas.

Por conta da valorização dos dados, a Segurança da Informação tornou-se uma das premissas de atuação das organizações e isso se refletiu em uma revisão profunda da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Independentemente da área, ou função que um profissional tem na empresa, cada uma das suas atividades deve seguir o padrão de conduta interna.

Assim como a Cultura, Qualidade, Segurança e Comunicação, o Compliance é responsabilidade de todos.

E para atuarem como “Agentes de Integridade e Compliance”, as pessoas precisam ser treinadas.

Como a Academia acompanha e impulsiona a evolução do Compliance?

O marco que consolidou o Compliance no Brasil é relativamente novo, quando comparado à outras disciplinas.

Antes da Lei Anticorrupção, por exemplo, não havia teorias sólidas e experiências práticas suficientes para sustentar a educação direcionada para esse tema.

Mas da mesma forma que as empresas precisam reestabelecer rotas e combinados, a cada mudança das Leis, ou de comportamentos organizacionais, as Instituições de Ensino também evoluem para oferecer especializações sobre as diferentes frentes da cultura de integridade e do Compliance.

Hoje, já estão disponíveis cursos e especializações que contemplam o uso de novas tecnologias para implementar soluções voltadas ao cumprimento das leis vinculadas a esse tema.

Os principais pontos estudados e analisados por esses profissionais são:

  • Desafios éticos;
  • Governança e responsabilidade corporativa;
  • Lei anticorrupção;
  • Lei de proteção ambiental, disposição de anistia e cumprimento antitruste;
  • Sustentabilidade;
  • Gestão de riscos atenuantes e cumprimento das leis;
  • Conformidade internacional.

Como as empresas fortalecem a cultura de integridade com treinamentos

Por se tratar de um tema novo, e complexo, muitas vezes os colaboradores pensam estar distantes dele e acabam não aderindo aos treinamentos propostos.

Para superar esse desafio, as empresas que priorizaram estratégias para inovar na forma de entregar o tema conquistam ótimos resultados.

Como no Treinamento de Código de Conduta da Santos Brasil e no Game Corporativo sobre Conduta e Compliance da CBA , que apostaram na gamificação para evolver as pessoas em torno de metas em comum.

As duas empresas desenvolveram jogos corporativos para criar diferentes situações, estimular a tomada de decisões com base no Compliance e aproximar esse tema da realidade de dos colaboradores.

Soluções para aumentar engajamento em treinamentos de Compliance

Empresas e Universidades atuam em paralelo para dispor soluções de educação e o desenvolvimento da cultura de integridade no ambiente corporativo.

Enquanto os profissionais da área se especializam e atualizam sobre o tema, as empresas investem em diferentes estratégias para engajar os colaboradores de diferentes áreas.

Foco no engajamento da liderança

É preciso que as lideranças sejam preparadas para atuar como exemplos, dando clareza e direcionamento para as decisões, com base nas condutas internas.

Esse deve ser o principal foco de aprimoramento do uso das ferramentas de Compliance.

E uma boa dica para mobilizar esse público é apostar em pílulas de conteúdo, que ajudam a promover a aprendizagem contínua.

Gamificação como estratégia para o engajamento

Usar jogos para treinar os colaboradores sobre Compliance é uma tendência crescente porque eles promovem a aproximação das diferentes realidades com o negócio.

Por meio de jornadas de aprendizagem, é possível incluir diversas fases, com exemplos reais de dilemas éticos, e trazer o protagonismo para que o próprio colaborador trilhe seus caminhos em relação à história apresentada.

Interatividade com conteúdos multimídia

Um dos principais segredos para desmistificar o Compliance nas empresas é tornar o conteúdo acessível e dinâmico. Ou seja, fugir dos grandes documentos, recheados de textos longos e complexos.

Por isso, vídeos e animações, podcasts, jogos e plataformas online são uma nova arma para estimular o engajamento do público interno.

A Target Multimídia é especialista na criação de soluções personalizadas e dinâmicas para treinamentos, em parceria com seus clientes.

Entre em contato e descubra como potencializar os resultados do desenvolvimento da cultura de integridade na sua empresa.

Confira mais treinamentos que fizemos sobre o tema:

Game sobre Código de Conduta da Santos Brasil

Treinamento sobre LGPD da VLI

Game sobre Conduta e Compliance da CBA

Game “Jornada CBA”